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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Para entender isso tenho que explicar como era antes para então chegar ao hoje.

Para quem nunca jogou, o D&D original tinha uma regra de testes bem mais simplista e mortal que as encontradas hoje em dia. Basicamente, você deveria rolar o d20 e obter um resultado menor ou igual ao seu valor de atributo.

Lembrando que naquela época os atributos eram rolados em 3d6 apenas; e não os três maiores de 4d6.


Então somente olhando se nota que o valor médio era 10 e 11; sendo que em casos comuns de 9 e 12; e casos menos comuns de 8 e 13.

O que isso quer dizer?
Basicamente, que era muito comum ter um atributo 10~11; então se tinha 50~55% de sucesso em quase todos os testes como média. Alguns personagens teriam até 60~70% de chance de sucesso se tivessem até 13 de atributo.

Marquem essas porcentagens.

Quando veio o AD&D e adiante, apenas melhoraram essas porcentagens e trocaram alguns valores, a ideia dos personagens terem atributos rolados em melhor de 4d6 apenas melhorou as chances; deixando a coisa em 13 como média, 11 e 14 como casos comuns; 10 e 15 como casos menos comuns.

Em outras palavras, não era incomum encontrar um personagem com atributos 12~15; lembrando que 15 é 75% de sucesso!

Então a terceira edição criou a "Classe de Dificuldade";
Porque isso?

Tínhamos dois sistemas de jogo, os testes e ataques. Testes você quer números baixos e ataques você quer números altos. Nos idos dos anos 80, isso não era um problema, mas quando mais avançamos, mais queremos jogar e menos pensar na matemática que está envolvida, isso é normal.

Então, vamos colocar apenas um sistema "Ou tudo rola para baixo, ou tudo rola para cima"; e vamos também colocar tudo com apenas 1 dado. Vamos colocar o d20.

Isso criou a Classe de Dificuldade, onde você rola sempre para cima, e o narrador que estipula um valor para se atingir, do zero ao infinito. Atributos concedem bônus, e se rola somente contra um valor básico, sempre quanto mais melhor. Isso é ótimo, mas foi uma quebra de paradigmas gigante para a época.

Já na terceira edição, um personagem poderia facilmente começar com um bônus de +5 em um teste, em alguns casos até +10! Então a dificuldade 15 (padrão) se conseguia com 75% de sucesso, ótimo. Entretanto, outros personagens teriam -1 ou mesmo +0; o que seria 25% de sucesso. O que não é tão legal.

Mesmo no D&D original, onde era nítido a diferença de poderes entre personagens pelo seus atributos, um personagem com atributo 8 comparado a um personagem com atributo 15 era apenas 40% vs 75%; em comparação aos 25% vs 75% de sucesso da terceira, isso foi muito cruel com os personagens que não tinham um foco.

Na quarta edição tudo mudou, pois a CD mudava de acordo com o nível dos personagens. Essa matemática foi organizada e melhorada, mas os números também começavam alto e iriam mudando para mais e mais, era normal um personagem de nível 1 ter +8 em um teste, e no nível 30 +20!!!

E no D&D Next?
Bem no Next fica para a próxima postagem.

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